A Doença


De início, os doentes apresentam perdas de memória pontuais, muito facilmente confundidas com alterações normais do processo de envelhecimento. Mas, à medida que a doença vai evoluindo esses problemas acentuam-se, podendo conduzir a alterações no comportamento, personalidade, capacidade funcional do doente, dificuldade na realização de tarefas básicas e incapacidade de reconhecer familiares e amigos.
Em termos neuropatológicos, a DA caracteriza-se pela destruição de neurónios em certas partes do cérebro. À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, de tamanho e número, formam-se tranças neurofribilhares (depósitos intracelulares que contêm a proteína Tau hiperfosforilada) e placas senis (depósitos extracelulares que são agregados do peptído beta-amilóide). Ocorrem também alterações na transmissão sináptica que contribuem para a perda de memória e diminuição progressiva de capacidades cognitivas.
Até à data, não existe nenhum teste específico ou exame ante-mortem capaz de detetar a Doença de Alzheimer, assim como também não existe nenhuma cura para a mesma, apenas existem alguns medicamentos capazes de estabilizar o funcionamento cognitivo nas pessoas que sofrem de Alzheimer, nas suas fases iniciais, ou para o alívio de sintomas secundários como inquietude, depressão e insónias.
Referências bibliográficas:
De Paula VJ, Radanovic M, Diniz BS, Forlenza OV , 2012, "Alzheimer's disease. Laboratory of Neuroscience, Department and Institute of Psychiatry, Faculty of Medicine, University of Sao Paulo".
Octava JN , 2015, "Alzheimer disease: cellular and molecular aspects".
- Gomes-Ramirez and Wu, February 2014, "Network-based biomarkers in AD", Frontiers in Aging Neuroscience, volume 6, article 12.
Todos os artigos acima referidos foram retirados da base de dados PubMed.